Category Archives: Storage Server

Repositório para o patch do Exadata

Criar o repositório do yum para atualizar o Oracle Exadata não é um requisito do procedimento, já faz algum tempo que os patches do Oracle Exadata contêm uma imagem ISO com todos os arquivos necessários. Criar ou não o repositório depende dos seus requisitos e do que você pretende fazer.

Utilizei o repositório local para que eu possa ter mais flexibilidade no futuro. Assim, poderei usar o mesmo repositório em outros updates e outras atualizações de OEL que não são do Exadata. Se você não vai utilizar o repositório a única opção é o arquivo ISO e você não precisa dos passo descritos aqui neste artigo.

Se você ler o Readme do patch 21151982 (“Database server bare metal / domU ULN exadata_dbserver_12.1.2.1.2_x86_64_base OL6 channel ISO image”) verá que os passos para criação do repositório não estão descritos mas sim uma referência ao manual do Oracle Exadata, especificamente ao tópico “Preparing and Populating the yum Repository with the Oracle Exadata Channel Content”. É com base nestes que vou criar o meu repositório.

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Exadata X5

Esqueça quase tudo o que você já viu sobre Oracle Exadata, com o lançamento da versão X5 muita coisa mudou. Algumas mudanças de hardware (e conceitos) foram tão significativas que precisam de uma análise mais detalhada. Já faz isso no lançamento do Exadata X3 (aqui) e do Exadata X4 (aqui e aqui) e vou tentar fazer agora.

A cada lançamento de nova versão do Oracle Exadata temos as melhorias básicas de hardware, cpu e memória, agora os database servers tem dois processadores Intel Xeon E5-2699 de 18 cores o que em um full rack dá 288 CPU’s. Quanto a memória, cada database server pode chegar a 768GB de memória o que permite chegar até 6TB de memória em um full rack.

Falando em configurações temos alterações nas versões disponíveis também. Por exemplo, se você vai utilizar Oracle 12c com In-Memory pode ter uma configuração com 16 database servers e 5 storage servers (com discos de alta capacidade) somando assim 576 cores de CPU e 13.3 TB de memória. Basicamente você pode configurar o Exadata com a quantidade que quiser de database servers e storage servers. As opções foram aumentadas para permitir ao Exadata se encaixar em todas as possíveis carga de trabalho.

Também foi adicionada a opção de utilizar Oracle VM no Oracle Exadata. Mas divago quanto a necessidade ou ganhos que você terá. Existem diversos mecanismos para gerenciamento de recursos disponíveis no Oracle Exadata e você não irá querer adicionar mais uma camada (uma não, diversas) entre o banco de dados e o hardware.

Tivemos algumas mudanças de software também, destaco duas: HCC e Exafusion. Para o HCC algumas mudanças na forma como o Exadata Software trata o cache (no flash) para colunas com HCC. Quanto ao Exafusion, agora o binário Oracle conversa direto com o Infiniband e permite uma redução das camadas no meio (entre banco e o hardware) e deixa o ambiente mais rápido.

Essas foram as mudanças mais sutis, ajustes e evoluções naturais mas não foram as principais. Para mim o Exadata X5 resume-se a NVMe. De forma bem simples, agora existe a possibilidade de utilizar discos Flash nos storage server (discos estes ligados no barramento PCIe).

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Exadata Software: arquitetura, discos e comunicação.

Oracle Exadata, uma das máquinas mais desejadas do universo Oracle,  appliance que fortaleceu a equipe de engineered systems da Oracle. Na minha opinião um divisor de águas. Para quem leu o meu artigo passado (aqui) acredito que tenha ficado claro que que não estamos falando só de hardware, mas sim de hardware e software que trabalham de forma integrada.

Se o hardware não é o mistério, o que faz o Oracle Exadata funcionar de verdade? O que é o Exadata Software, como funciona, qual a sua arquitetura, quais são seus processos, como seus discos são acessados, como se comunica com o banco?

Aqui, vou falar especificamente do Exadata Software, tentar responder estas perguntas e mais algumas.

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O que é Oracle Exadata?

O que é Oracle Exadata? Essa é uma pergunta que você já deve ter ouvido por ai, bom vou tentar responder (ou ajudar a responder). Respondendo da forma mais direta possível: Oracle Exadata (ou Oracle Exadata Database Machine) é um applicance criado pela equipe de Engineering Systems da Oracle e dedicado exclusivamente para que bancos de dados Oracle (versões 11 e 12) sejam executados com a maior performance e disponibilidade possível, independe do tipo (OLTP, DSS ou DW).

Legal não é? Mas o Oracle Exadata é muito mais do que isso, existem diversos detalhes técnicos de hardware e software que são muito importantes e transformaram o Oracle Exadata em um sucesso e desejo de muitos. Neste artigo, e nos próximos, vou falar somente sobre o Oracle Exadata, mostrar detalhes técnicos e algumas decisões gerenciais que estão ligadas a ele. Vou deixar de lado os detalhes comerciais (que você acha em qualquer documento que passou pela equipe de marketing da Oracle) e falar do técnico.

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Exadata X4 – Parte II

O lançamento do Exadata X4 trouxe muitas mudanças, principalmente nos Storage Servers. Como disse no outro post as mudanças dos Storage Servers precisam ser detalhadas com mais cuidado, ler nas entre linhas e notas de rodapé. Infelizmente este é um artigo extenso e cheio de detalhes técnicos, mas garanto que a leitura vale o tempo investido.

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Exadata X4 – Parte I

No final do ano passado a Oracle anunciou o Exadata X4, nada mais justo do que uma análise um pouco mais detalhada sobre ele. Sinceramente, acredito que esta tenha sido a maior mudança na família Exadata desde o lançamento da versão V2. As mudanças do X4 são significativas, coisas bem interessantes foram alteradas pela Oracle (alterações boas e más).

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Atualizando o Exadata – DBNODE

Diferentemente da atualização do storage node a do dbnode é mais complexa e não existe nada semelhante ao patchmgr para ajudar, é tudo feito através do passo a passo e manualmente. Prepare-se para um post extenso, com muita informação e com diversos logs de comandos executados. Tentei não poupar informações dos comandos executados para poder compartilhar o máximo, qualquer dúvida é só perguntar. Tudo o que está descrito aqui ocorreu a uns dois meses atrás durante a atualização do Exadata que executei.

Cabe resaltar que na versão 11.2.3.1.0 ocorreram grandes mudanças na forma como dbnode é atualizado. Na realidade esta versão é um divisor de águas no método de atualização. O primeiro local onde isso é citado é na nota 888828.1, que informa que o minimal pack foi descontinuado. O minimal pack era um arquivo que continha todos os pacotes dos aplicativos e bibliotecas do Linux e o kernel do dbnode a serem atualizado.

A partir da 11.2.3.1.0 a atualização passa a ser através da Unbreakable Linux Network (ULN), onde estão disponíveis todos os pacotes e repositórios da Oracle para Linux. Desta forma, você precisa criar um servidor que será um mirror de alguns dos canais disponíveis na ULN. Complicou não é? Calma que isso é só o começo.

Com base no readme do patch 13998727 (versão 11.2.3.1.1) somos informados que o método para criar este mirror está descrito no patch 13741363. Com base no readme deste patch somos apresentados aos requisitos e passos necessários para criar o mirror. A este método chamamos de One-Time Setup, servindo como preparação para a atualização do dbnode.

Infelizmente a documentação começa a ficar confusa neste ponto, se você observar no readme do patch para 11.2.3.1.1 você irá ver que os passos listados no passo 6 parecem incompletos. Na realidade eles estão, pois o passo 1 leva a ao One-Time que deve estar concluído e os outros remetem a passos de outra nota onde você deve trocar algumas informações para prosseguir. Bem complicado e suscetível a falhas, é importante saber ler nas entrelinhas.

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Atualizando o Exadata – Storage Node

Um dos pontos que sempre perguntam sobre o Exadata é sobre a sua atualização, como ela é ou pode ser atualizado? Como o seu storage é atualizado? Realmente, e sendo franco, a sua atualização não é uma das mais simples no universo Oracle.

Simplificando, a sua atualização pode ser dividida em duas partes, a primeira é a atualização do software Exadata que roda nos storage nodes. A segunda parte é a atualização dos dbnodes, e esta última pode levar a mais algumas.

Desta forma, dividirei este post em dois. Primeiro falando da atualização dos storage nodes. E um segundo post falando da atualização dos dbnodes.

Antes de começar a falar sobre a atualização em si é importante saber onde você está indo. Traçar um mapa do que deve ser feito, dos passos importantes que serão tomados, das notas do Metalink com as informações importantes e dos contatos necessários.

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Trocando o disco

Há uns dois meses recebi um e-mail de madrugada que uma SR nível 2 havia sido aberta para o Exadata e que o acompanhamento do caso estava aberto. De manhã pude observar que um disco de uma célula havia queimado (o segundo em dois anos) e que o ASR havia detectado o problema e aberto uma SR para a troca do disco.

Achei interessante, pois na primeira vez não pude fazer o log dos passos para registro e esta seria a oportunidade. Também na primeira vez não tinha configurado o ASR e só observei que o disco estava com problema quando fui fazer o checkup semanal no Exadata.

Quando um disco falha no Exadata, o primeiro local a detectar é a ILOM, onde o erro é identificado e um evento é gerado. Este evento é lido pelo ASR e uma SR é aberta automaticamente. Após a falha ser detectada pelo ILOM e o disco ser removido, uma alerta é gerado pelo software do Exadata. Além disso, um e-mail é enviado com algumas informações adicionais sobre o erro. Os detalhes deste alerta podem ser verificados através do cellcli da célula.

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